Esposa de PM confirma que estava em encontro com enfermeiro assassinado em motel
15/12/2025
(Foto: Reprodução) Enfermeiro é morto dentro de motel em Arapiraca
A esposa do policial militar Weliton Miguel dos Santos, de 34 anos, suspeito de matar o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo a tiros, confessou que estava com a vítima em um quarto de motel em Arapiraca, no Agreste de Alagoas. A declaração foi dada em depoimento à polícia. Segundo as investigações, o PM instalou um GPS clandestino no carro da esposa para segui-la até o local. O nome do PM não foi divulgado oficialmente.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (15) pelo coordenador das Delegacias de Homicídios do Interior, Flávio Dutra, ao Jornal AB1 da TV Asa Branca. O delegado também conduz as investigações sobre a morte de Ítalo Fernando de Melo.
“A esposa do PM foi ouvida na condição de declarante, não está presa, mas confessou que estava com a vítima no motel. Em depoimento, ela pegou no sono e quando acordou se deparou com uma pessoa dentro do quarto com capacete e atirando na vítima, fugindo em seguida”, afirmou o delegado.
PM é suspeito de assassinar enfermeiro
Reprodução
Ainda de acordo com Dutra, após o crime, o policial militar se apresentou às 8h da manhã no 3º Batalhão de Polícia Militar de Arapiraca, onde foi detido. Os colegas apreenderam a arma do suspeito até a chegada da Polícia Civil, que efetuou a prisão.
O g1 apurou que o suspeito já integrava a Polícia Militar do Ceará, seu estado natal, antes de se transferir para Alagoas, onde foi aprovado em concurso público também para a PM, e se formou na turma de 2024. Segundo a investigação, ele utilizou uma pistola 9mm da corporação, de onde partiram pelo menos sete disparos que mataram a vítima.
PM se apresentou espontaneamente à polícia
A defesa técnica do policial militar Weliton Miguel dos Santos, de 34 anos, suspeito de matar o enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, no domingo, dia 14, afirmou que o investigado se apresentou voluntariamente às autoridades após o ocorrido em Arapiraca, no Agreste de Alagoas.
De acordo com a defesa, Weliton compareceu à delegacia por iniciativa própria, entregou a arma funcional e todas as munições e se colocou à disposição para os procedimentos periciais. Os advogados informaram ainda que o investigado disponibilizará o telefone celular e a motocicleta para exames técnicos, sem que tenha havido ordem judicial de busca e apreensão.
A defesa nega que Weliton tenha ocultado provas ou negado os fatos. Segundo a nota, no momento do comparecimento à unidade policial, o militar exerceu o direito constitucional ao silêncio.
Os advogados afirmam que ele prestará esclarecimentos sobre a dinâmica do caso no momento processual adequado.
Conforme a defesa, o policial apresentou-se regularmente para assumir o serviço na 7ª Companhia Independente. Ao chegar, foi informado pelo supervisor de serviço sobre os fatos e questionado se desejava ir à Delegacia, o que teria ocorrido ainda pela manhã, sem condução coercitiva. A defesa sustenta que não houve prisão em flagrante nesse momento e que a autuação ocorreu apenas no fim da tarde.
Weliton é natural de Lagoa da Canoa. Segundo a defesa, ele serviu anteriormente na Polícia Militar do Ceará e ingressou na PM de Alagoas para permanecer próximo da família. O casal mantinha um relacionamento de cerca de 15 anos e tem um filho de 9 anos.
Dados do Portal da Transparência de Alagoas indicam que Weliton ingressou na PM em 2023 como soldado aluno, com remuneração inicial de R$ 1.689,15, e, após a formação, passou a atuar como soldado, com último salário registrado de R$ 6.286,62.
